Ação de restauro dos murais de Aldo Locatelli chega ao fim no Palácio Piratini
As pinturas murais datadas da década de 50 receberam tratamento especializado para sua conservação.
Em janeiro de 2023 teve início no Palácio Piratini a recuperação das pinturas murais dos salões e antessala do gabinete do governador. A ação, que chegou ao término na última terça-feira (29) é uma das diversas ações de conservação e restauro em andamento na atual gestão. Ao todo são 23 murais distribuídos pelos tetos e paredes, 18 deles retratando a lenda gaúcha que dá nome ao salão Negrinho Pastoreio, através da versão retirada da oralidade pela pena do escritor João Simões de Lopes Neto. O conjunto, assinado por Aldo Locatelli na década de 50, está entre os mais importantes bens integrados do Piratini e tem um valor inestimável para a história da arte no Rio Grande do Sul. Foram cerca de 8 meses de um minucioso trabalho executado pela equipe da restauradora Maria Cristina Ferrony para recuperar a superfície dos murais que apresentavam, com maior ou menor intensidade, ranhuras e erosão da camada pictórica. O primeiro restauro no conjunto ocorreu em 1988, 35 anos atrás, e dadas as melhores condições de climatização, luz e temperatura com as quais o salão conta desde 2017 estima-se que a ação atual garantirá a perenidade deste patrimônio. Para além de seus bens integrados – os 23 murais – os salões está recebendo pintura em suas paredes e forros ornamentados, dentre outros detalhes, como o polimento de arandelas e a substituição de cortinas.
Como forma de retornar à sociedade este investimento, diversas ações já estão em andamento, conforme declara Mateus Gomes, diretor de Conservação e Memória do Palácio, “Estamos desenvolvendo, além das visitas diárias, visitas guiadas voltadas a públicos específicos. Também estamos preparando um material pedagógico para servir de apoio na mediação com os nossos visitantes, uma maneira de colocar este repertório artístico a serviço da educação”.
Willian Caetano
