Novo episódio da série Encontros celebra o Dia da Visibilidade Trans e os 50 anos sem Elis Regina
A canção Como Nossos Pais foi interpretada por Valéria Barcellos
O Palácio Piratini lançou, na última quarta-feira, 26 de janeiro, o novo episódio da série Encontros, que celebrou o Dia da Visibilidade Trans e os 50 anos sem Elis Regina. A data foi marcada por uma homenagem da artista Valéria Barcellos, que interpretou a famosa canção Como Nossos Pais. O vídeo está disponível nas redes sociais do Palácio Piratini.
Valéria Barcellos
Valéria Barcellos nasceu em 1979, em Santo Ângelo, é uma multiartista - cantora, atriz, DJ, performer e artista visual - preta e trans. Com uma carreira de quase 30 anos, é uma das precursoras do movimento MPBTRANS. Por ser uma voz ativa na luta contra o epistemicídio da população negra e LGBTQIA+, ganhou, em 2016, o Troféu Mulher Cidadã, honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Venceu seu primeiro festival aos 6 anos de idade. Foi eleita, em 2005, Rainha Gay do Carnaval da cidade de Santo Ângelo. Em 2012, venceu o Festival da Canção Francesa em Porto Alegre, ganhando uma viagem para a França. Entre 2015 e 2016 apresentou o "Programa Gay", na Rádio Ipanema. Foi convidada para abrir o show de Katy Perry, na turnê "Witness", em Porto Alegre. Em 2020, lançou o audiobook “Transradioativa", em que narra suas vivências e memórias. A artista é referência no circuito cultural gaúcho e ícone da transnegritude e do transfeminismo no estado. Foi homenageada na exposição “Donas da História”, do Palácio Piratini.
Elis Regina
Nascida em Porto Alegre, em 17 de março de 1945, Elis Regina Carvalho Costa foi uma das maiores cantoras brasileiras, reconhecida por sua voz e expressividade marcantes. Iniciou a carreira com 11 anos de idade, no programa “Clube do Guri", da Rádio Farroupilha. Em 1960 começou a trabalhar na Rádio Gaúcha, e, nesse mesmo ano, foi eleita a Melhor Cantora do Rádio. No ano seguinte, com apenas 16 anos, lançou seu primeiro disco, "Viva a Brotolândia". Em 1964, Elis já conquistava palcos pelo Brasil, surpreendendo com sua interpretação e com gestos que se tornariam a sua marca registrada. Em 1965, fez sua estreia no I Festival de Música Brasileira, interpretando a música Arrastão, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes, o que lhe conferiu o Prêmio Berimbau de Ouro e o Troféu Roquette Pinto. Entre os anos de 1965 e 1967, a artista apresentou, com Jair Rodrigues, o programa “O Fino da Bossa”, que rendeu a gravação de três discos e milhões de cópias vendidas. Em comemoração a dez anos de carreira, em 1974, gravou, com Tom Jobim, o disco Elis & Tom, um marco histórico para a música popular brasileira. Conhecida como pimentinha, apelido dado por Vinícius de Moraes por conta de sua personalidade intensa, Elis era eclética, interpretava canções de diversos estilos, ia da bossa nova ao rock com maestria, e conquistava multidões nacionais e internacionais. Elis Regina faleceu no dia 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, deixando saudade e um vasto legado na música brasileira.
Palácio Piratini 100 anos | Encontros l Valéria Barcellos, Como Nossos Pais
Valéria Barcellos canta Elis Regina Crédito: Palácio Piratini